terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ecossistemas Comunicativos

Há vários espaços de comunicação na escola, porém, esses espaços podem ser potencializados se observada a sua importância e realizados por pessoas mais capacitadas ou interessadas em integralizar a comunidade escolar, desde alunos e professores, professores e diretores, escola e comunidade e extramuros.

Na escola temos como meios de comunicação os comunicados escritos na sala de professores, secretaria e armário de diários de classe para o professor; bilhetes para os alunos do ciclo básico; cronograma de eventos e compromissos entregue em folhas para cada professor nas reuniões pedagógicas e conselhos de classe, comunicados impressos pregados nos murais para os alunos do ensino médio etc.

Os espaços comunicativos se apresentam ineficientes quando se perdem em essência, por não serem compartilhados com todos os níveis, segmentos ou funções e comunidade, e, principalmente, por não serem dialogados e construídos conjuntamente, na maioria das vezes. O comum é que recebamos já escrito o que acontecerá, quando e que se não comparecermos deveremos entregar um atestado ou declaração.

Tudo ficou muito comum, muito de cima para baixo e muito autoritário. A construção das ideias, dos eventos, das festividades e outras ações da escola ficaram parecendo esquemas a serem seguidos anos após anos, sem que fosse mudada a rotina, o esquema e que fosse dado o poder de fala a comunidade escolar. A construção do diálogo ficou em segundo plano. Encontros que poderiam ser utilizados para promover maior capacitação dos profissionais, maior disseminação de ideias, maior elaboração de sugestões para resolver os conflitos internos da escola e os desafios para se acabar com a evasão escolar e os baixos índices de aprovação têm ficado para depois.

Aliás, este deveria ser o principal desafio da educação, promover o debate amigo, sem confusão, sem estresse, onde todos possam ser ouvidos e valorizados, ainda que não consigam se expressar bem ou comunicar com fluidez, mas que sejam respeitados, até porque a comunicação é uma arte, é só praticando que conseguimos aperfeiçoar nossas capacidades, seja oral, visual, auditiva etc.

A escola deve promover espaços de integração, ainda que de forma tênue, devagar, mas que se faça. Se não dá para realizar reuniões semanais, que sejam quinzenais; se não dá para agrupar o máximo de professores, que seja por área do conhecimento, ou por ciclo, ou por turno etc.; mas que sejam enfim realizadas – e bem realizadas, dinâmicas, criativas, comunicativas – um verdadeiro espaço de educomunicação, porque de dias chatos e estressantes todos já estamos cheios no nosso cotidiano. E ir para reuniões onde não se resolve nada, já estamos cansados, assim como aqueles textos que são lidos no início da reunião que nem são refletidos e apreciados como se deveria.

Ecossistema Comunicativo – Rádio na Escola

A construção de uma emissora de rádio tem por finalidade melhorar a comunicação na escola, desde que mantida e supervisionada adequadamente para responder aos objetivos de informar e comunicar, além, é claro, de uma boa música para tornar o ambiente escolar um espaço mais agradável de se estar.

Vários são os problemas que interferem na comunicação da escola e amplas são as possibilidades de se realizar um trabalho digno da educação emancipadora e voltada para a construção plural de ideias. Com a rádio é possível fomentar uma série de novos assuntos e debates. Tudo é uma questão de se ter um bom projeto, com pessoas bem intencionadas, muita calma para acreditar que é possível chegar lá e flexibilidade e coragem para se lidar com o novo, que sempre assusta.

A implantação de uma rádio escolar tende a mudar aspectos de convivência e de relacionamento entre a escola e a comunidade. As práticas de comunicação e de expressão podem ser melhores desenvolvidas e apreciadas por todos, podendo-se ampliar para uma webrádio no futuro e atingir um público bem maior.

O trabalho com o rádio não só fomenta práticas dinâmicas nas áreas de linguagens, mas em todos as disciplinas, desde que integradas a um sistema capaz de alcançar a maioria dos ouvintes e fazerem ser entendidas e assimiladas em sua metodologia..

O professor, um técnico?

"O ensino é uma profissão tão paradoxal que quem a exerce deveria possuir, ao mesmo tempo, as qualidades de estrategista e de tático de um general do exército; as qualidades de planejador e de líder de um dirigente de empresa; a habilidade e a delicadeza de um artesão; a destreza e a imaginação de um artista; a astúcia de um político; o profissionalismo de um clínico-geral; a imparcialidade de um juiz; a engenhosidade de um publicitário; os talentos, a ousadia e os artifícios de um ator; o senso de observação de um etnólogo; a erudição de um hermeneuta; o charme de um sedutor; a destreza de um mágico e muitas outras qualidades cuja lista seria praticamente ilimitada." (Barlow, 1999, p. 145-156 apud Mellouk e Gauthier 2004, p.543)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PROJETO DE PESQUISA: A Formação Profissional

PROJETO DE PESQUISA: A Formação Profissional
Curso: Pesquisa na Educação Básica com uso de tecnologia
Aluno: Maxison José Ferreira de Souza
Local: Polo Cantagalo

TÍTULO
Hoje, aluno. Amanhã, trabalhador

OBJETIVO
- Identificar as expectativas dos alunos com relação ao futuro profissional.
- Reconhecer o que motiva esta expectativa.

JUSTIFICATIVA
Ultimamente, há um grande número de alunos que optam por uma educação que seja voltada para a garantia de uma melhor qualidade de vida, de status social e de empregabilidade garantida. Diante deste quadro espera-se conhecer quais motivos realmente se destacam para que uma profissão seja escolhida mais do que a outra. Para isso, torna imperativo saber que opção de estudo é o melhor caminho para chegar ao objetivo desejado.

METODOLOGIA
Para dar conta desta pesquisa serão oferecidos formulários não-identificáveis para que o entrevistado para expressar sua opinião com relação às suas expectativas profissionais. As questões serão abertas, visando a construção de um gráfico que responda o mais objetivamente possível as interrogativas deste trabalho. A pesquisa será de cunho quantitativo e, posteriormente, será interpretada a luz da teoria de diferentes autores para que a mesma seja confrontada e tenha o seu resultado validado.

PRODUTO FINAL
- Síntese dos dados coletados.

FONTES DE CONSULTA
BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola. 2. ed. - São Paulo: Loyola, 1998.
MONTENEGRO, Fábio; RIBEIRO, Vera M. Nossa escola pesquisa sua opinão: manual do professor. 2. ed. - São Paulo: Global, 2002.
TOGNETTI, Marilza A. R. Metodologia da Pesquisa Científica. Disponível em http://www.materiaprima.pro.br. Acesso em 09 de abril de 2009.

CRONOGRAMA
- Leitura das fontes de consulta – 10 a 14/04/2009
- Preparação da documentação – 15 a 19/04/2009


QUESTIONÁRIO
1. Qual profissão você deseja ter quando você crescer?
2. Por que você escolheu esta profissão?
3. O que você considera ser mais importante para ter escolhido esta profissão?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sobre Projetos Interdisciplinares

Há quase 16 anos participo dos projetos das escolas onde trabalhei. De alguns com mais interesse, de outros nem tanto, apesar de saber da importância de cada um deles. Daqueles que não me interessei tanto, acredito que seja pelo teor de suas tarefas, que não iam ao encontro de meus interesses; outros, por não acreditar naquilo que era exposto ou não sentir segurança em quem coordenava.

Com relação aos projetos em que atuei com maior entusiasmo, acredito que foi pela relevância do tema; pela disponibilidade de tempo e de recursos materiais que teríamos; pelo impacto positivo que poderia causar na clientela, bem como se teríamos uma resposta a altura de nossos objetivos.

Sob o ponto de vista da interdisciplinaridade, o maior fator que se sobressai para que um projeto dessa especificidade seja bem empreendido é a disponibilidade para se trabalhar em equipe, um ato que não é tão aceito pela maioria; a disponibilidade de tempo, principalmente para aqueles que atuam em níveis, séries e escolas diferentes; e uma coordenação pedagógica que seja ativa, dinâmica e criativa, que acredite na interdisciplinaridade e, mais do que isso, que saiba trabalhar dessa forma.

Sobre o trabalho com o vídeo na sala de aula

As etapas de operacionalização do vídeo são bem interessantes. Acredito no potencial da criação de vídeo como estímulo para o desenvolvimento de habilidades e competências, para desenvolver melhor um tema, para aprofundar questões diversas e trazer a realidade do educando para ser discutida e refletida na sala de aula.

Sobre as fases de realização, penso que, se bem estruturadas e desenvolvidas, o trabalho fluirá com mais adequação e objetividade, e o restante é técnica e criatividade. Dá trabalho apenas para o professor que não sabe onde quer chegar. Se tiver um roteiro interessante e significativo os próprios alunos tomarão as rédeas do processo e caminharão sozinhos, expandindo, na maioria das vezes, para além da meta proposta pelo professor.

Interdisciplinaridade

Interdisciplinaridade é uma proposta de trabalho na qual uma disciplina se une a disciplinas diferentes para dar conta de um mesmo tema ou conteúdo a ser trabalhado. Isto já acontece naturalmente em muitas disciplinas afins como Geografia/História, Matemática/Física, Biologia/Química etc.

Algumas disciplinas já trazem em si a interdisciplinaridade para compreender certos fenômenos, nos quais uma depende da outra intrinsecamente, como a Biofísica, a Biomecânica, a Bioestatística etc.

Nas séries iniciais é muito comum que um professor se utilize dessa estratégia a todo instante para ampliar e aprofundar certos temas.

Assim, a interdisciplinaridade é uma dinâmica na qual o professor atua intencionalmente com o objetivo de enriquecer as suas aulas, de forma a aprofundar conteúdos que necessitam do auxílio de outras ciências para explicar certos determinados acontecimentos.

Dessa forma, impossível falar de meio de transporte, por exemplo, sem envolver História, Geografia e Estatística. Este conteúdo será muito melhor desenvolvido pelo professor por agregar diferentes saberes, além de tornar as aulas mais dinâmicas e significativas.