sábado, 21 de novembro de 2009

Recursos Didáticos - Limitações e Dificuldades

Material impresso
(livro didático, módulos, fichas de leitura, mural, apostilas etc.)
Alto preço; falta de atualização constante dos dados; tempo nem sempre disponível para construir material personalizado.

Rádio
(rádio comunitária, web-rádio etc.)
Dificuldade de se realizar bons projetos envolvendo este recurso; falta de verba para criar projetos mais elaborados; falta de motivação por parte de alguns alunos; falta de espaço adequado.

TV
(programas gravados, canais educativos, análise de programas etc.)
Falta de tempo para o professor planejar uma aula mais consistente; falta de verba para adquirir vídeos com maior qualidade; ineficiência do professor para tratar as informações.

Informática
(softwares educativos, pacote de escritório do computador, internet etc.)
Dificuldade para acessar a internet em certas regiões; falta de verba para comprar computadores ou softwares adequados (na falta de internet, por exemplo); falta de capacitação técnica por parte do professor; falta de tempo para preparar as atividades.

Comentário:
As maiores dificuldades por parte dos professores e da escola reduzem-se principalmente a falta de tempo para preparar atividades mais interessantes, motivadoras e dinâmicas, bem como falta de verba ou material adequado. A capacitação torna-se uma atividade que deve ser constante para o uso eficiente dos mesmos.

O Computador como Recurso Didático

O computador pode e deve ser utilizado na prática educativa como recurso didático, principalmente porque fomenta ações que viabilizam a construção de um cidadão mais autônomo e voltado para atividades do cotidiano, como a compra de produtos pela internet, pesquisas escolares e profissionais, utilização de bancos virtuais etc.

Por outro lado, estimula uma aprendizagem mais dinâmica, uma vez que permite a integração dos diferentes tipos de mídias, tornando as aulas mais atraentes, principalmente por utilizarem recursos como imagem em movimento, som e comunicação instantânea, possibilitando, dessa forma uma apreensão maior dos conteúdos desenvolvidos.

Na atual sociedade, independente do computador estar sendo visto como principal recurso de inclusão no mundo industrializado, é importante pensarmos neste recurso como fonte de inclusão social, uma vez que desperta habilidades e competências, aumenta e melhora a comunicação, envolvendo e despertando o aluno para a aprendizagem.

Recursos Didáticos

A função dos recursos didáticos no processo ensino-aprendizagem é servir como meio, como ponte para se alcançar os objetivos pretendidos da melhor maneira possível. Assim, o professor deve buscar utilizar aqueles que melhor implementem a sua prática. Dessa forma não podemos dizer que apenas os recursos tecnológicos são os melhores ou mais modernos, mas é preciso saber qual responderá melhor a apreensão dos conteúdos.

Muitos professores acreditam que os meios mais modernos e tecnológicos são os mais interessantes e os que despertam mais interesse. Pode até ser, quando bem utilizados. Há momentos em que outras técnicas serão mais eficientes para o que se pretende. Há o fato de professores não saberem utilizar adequadamente determinados recursos, e uma aula que poderia ser surpreendente pode cair na rotina como todas as outras. Dizer que só o computador e a Internet atenderão ao aluno deste século é jogar fora tudo aquilo que foi construído de útil e até hoje pouco e mal utilizado por muitos professores como a TV, o vídeo e o rádio, por exemplo.

Então, antes de o professor construir seu planejamento, deve dar especial atenção aos recursos, preparando-os com antecedência, buscando auxílio sobre como desenvolver uma prática que seja estimulante, dinâmica e atraente. A teoria é fundamental nessa busca. Ler muito sobre o assunto, pesquisar informações nas mais diversas fontes, adequar para a realidade na qual se está inserido, reunir-se com colegas que fazem uso constante de novos e diferentes recursos para saber dos pós e contras, bem como das dificuldades que podem surgir. Antecipar problemas técnicos, por exemplo, também é importante para o bom andamento da aula, assim como proporcionar a participação de todos na construção do conhecimento – alunos e professores atuando juntos, colaborando um com o outro nos vários ambientes onde a educação pode acontecer.

Educação Audiovisual e Currículo

Durante dois anos trabalhei na função de Videoeducador. Foi um trabalho interessante, porém, me sentia vazio, primeiro por não ter apoio pedagógico e capacitação para tal; segundo porque não havia ainda muitos referenciais teóricos que abordassem o tema TV e Vídeo na escola e que fossem tão disponíveis e acessíveis como temos hoje. Enfim, foi um fazer solitário. A intenção do programa era boa, mas ele foi sendo esquecido e ficamos sem orientação e coordenação para o adequado uso destas mídias.

Acredito na potencialização do conhecimento e na transformação do aluno a partir do uso destas ferramentas na construção de um ser humano mais crítico e preparado para as novas dinâmicas existentes atualmente, porém, mas do que oferecer estes recursos e espaços, faz-se necessário que saibamos como e por que oferecê-los.

O ponto positivo era o diferencial que esta prática trazia para a relação ensino-aprendizagem; e o negativo, no meu caso, por exemplo, era que não havia integração entre o videoeducador e os demais profissionais envolvidos. Por mais que se tentasse, vários eram os empecilhos, como horário, disponibilidade, vontade etc.

Assim, como sugestão, acredito ser melhor que cada professor atue utilizando a TV e o vídeo na sala de aula no momento mais oportuno, com objetivos bem claros e definidos, a fim de que esta prática não se transforme apenas em um momento de lazer para o aluno e de descanso para o professor. E quando possível, que se tenha o devido assessoramento e estímulo a tais práticas.