quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Gênero e Diversidade na Escola


Último encontro presencial do curso de extensão em Gênero e Diversidade na Escola, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com o Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), o qual levou professores a refletirem sobre aspectos importantes em nossa sociedade, como a discriminação, preconceito e igualdade de direitos.


A cerimônia de encerramento e entrega de certificados aconteceu na Casa de Cultura de Nova Friburgo, antigo Fórum, no dia 03 de dezembro de 2009. Houve o depoimento de vários cursistas sobre as experiências vivenciadas no decorrer do curso e uma autoavaliação de todo o processo de aprendizagem.

FTCE Web 2.0


Encontro presencial do curso de Formação Continuada em Tecnologia Educacional Web 2.0 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com a Fundação CECIERJ e apoio da FAPERJ, no dia 02 de dezembro de 2009.

Neste dia os professores cursistas relataram a experiência de aprender-fazendo com as ferramentas da Web 2.0, refletindo sobre os desafios e as limitações na ala de aula, além de indagações sobre o currículo e a avaliação em ambientes colaborativos.

sábado, 21 de novembro de 2009

Recursos Didáticos - Limitações e Dificuldades

Material impresso
(livro didático, módulos, fichas de leitura, mural, apostilas etc.)
Alto preço; falta de atualização constante dos dados; tempo nem sempre disponível para construir material personalizado.

Rádio
(rádio comunitária, web-rádio etc.)
Dificuldade de se realizar bons projetos envolvendo este recurso; falta de verba para criar projetos mais elaborados; falta de motivação por parte de alguns alunos; falta de espaço adequado.

TV
(programas gravados, canais educativos, análise de programas etc.)
Falta de tempo para o professor planejar uma aula mais consistente; falta de verba para adquirir vídeos com maior qualidade; ineficiência do professor para tratar as informações.

Informática
(softwares educativos, pacote de escritório do computador, internet etc.)
Dificuldade para acessar a internet em certas regiões; falta de verba para comprar computadores ou softwares adequados (na falta de internet, por exemplo); falta de capacitação técnica por parte do professor; falta de tempo para preparar as atividades.

Comentário:
As maiores dificuldades por parte dos professores e da escola reduzem-se principalmente a falta de tempo para preparar atividades mais interessantes, motivadoras e dinâmicas, bem como falta de verba ou material adequado. A capacitação torna-se uma atividade que deve ser constante para o uso eficiente dos mesmos.

O Computador como Recurso Didático

O computador pode e deve ser utilizado na prática educativa como recurso didático, principalmente porque fomenta ações que viabilizam a construção de um cidadão mais autônomo e voltado para atividades do cotidiano, como a compra de produtos pela internet, pesquisas escolares e profissionais, utilização de bancos virtuais etc.

Por outro lado, estimula uma aprendizagem mais dinâmica, uma vez que permite a integração dos diferentes tipos de mídias, tornando as aulas mais atraentes, principalmente por utilizarem recursos como imagem em movimento, som e comunicação instantânea, possibilitando, dessa forma uma apreensão maior dos conteúdos desenvolvidos.

Na atual sociedade, independente do computador estar sendo visto como principal recurso de inclusão no mundo industrializado, é importante pensarmos neste recurso como fonte de inclusão social, uma vez que desperta habilidades e competências, aumenta e melhora a comunicação, envolvendo e despertando o aluno para a aprendizagem.

Recursos Didáticos

A função dos recursos didáticos no processo ensino-aprendizagem é servir como meio, como ponte para se alcançar os objetivos pretendidos da melhor maneira possível. Assim, o professor deve buscar utilizar aqueles que melhor implementem a sua prática. Dessa forma não podemos dizer que apenas os recursos tecnológicos são os melhores ou mais modernos, mas é preciso saber qual responderá melhor a apreensão dos conteúdos.

Muitos professores acreditam que os meios mais modernos e tecnológicos são os mais interessantes e os que despertam mais interesse. Pode até ser, quando bem utilizados. Há momentos em que outras técnicas serão mais eficientes para o que se pretende. Há o fato de professores não saberem utilizar adequadamente determinados recursos, e uma aula que poderia ser surpreendente pode cair na rotina como todas as outras. Dizer que só o computador e a Internet atenderão ao aluno deste século é jogar fora tudo aquilo que foi construído de útil e até hoje pouco e mal utilizado por muitos professores como a TV, o vídeo e o rádio, por exemplo.

Então, antes de o professor construir seu planejamento, deve dar especial atenção aos recursos, preparando-os com antecedência, buscando auxílio sobre como desenvolver uma prática que seja estimulante, dinâmica e atraente. A teoria é fundamental nessa busca. Ler muito sobre o assunto, pesquisar informações nas mais diversas fontes, adequar para a realidade na qual se está inserido, reunir-se com colegas que fazem uso constante de novos e diferentes recursos para saber dos pós e contras, bem como das dificuldades que podem surgir. Antecipar problemas técnicos, por exemplo, também é importante para o bom andamento da aula, assim como proporcionar a participação de todos na construção do conhecimento – alunos e professores atuando juntos, colaborando um com o outro nos vários ambientes onde a educação pode acontecer.

Educação Audiovisual e Currículo

Durante dois anos trabalhei na função de Videoeducador. Foi um trabalho interessante, porém, me sentia vazio, primeiro por não ter apoio pedagógico e capacitação para tal; segundo porque não havia ainda muitos referenciais teóricos que abordassem o tema TV e Vídeo na escola e que fossem tão disponíveis e acessíveis como temos hoje. Enfim, foi um fazer solitário. A intenção do programa era boa, mas ele foi sendo esquecido e ficamos sem orientação e coordenação para o adequado uso destas mídias.

Acredito na potencialização do conhecimento e na transformação do aluno a partir do uso destas ferramentas na construção de um ser humano mais crítico e preparado para as novas dinâmicas existentes atualmente, porém, mas do que oferecer estes recursos e espaços, faz-se necessário que saibamos como e por que oferecê-los.

O ponto positivo era o diferencial que esta prática trazia para a relação ensino-aprendizagem; e o negativo, no meu caso, por exemplo, era que não havia integração entre o videoeducador e os demais profissionais envolvidos. Por mais que se tentasse, vários eram os empecilhos, como horário, disponibilidade, vontade etc.

Assim, como sugestão, acredito ser melhor que cada professor atue utilizando a TV e o vídeo na sala de aula no momento mais oportuno, com objetivos bem claros e definidos, a fim de que esta prática não se transforme apenas em um momento de lazer para o aluno e de descanso para o professor. E quando possível, que se tenha o devido assessoramento e estímulo a tais práticas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Oficina: Avaliando as NTIC's

Oficina realizada em 27/10/2009, na Semana Pedagógica no Polo CEDERJ Cantagalo

Disciplina: Avaliação e Educação
Tutor: Maxison Ferreira

Objetivos: Compreender a importância de se utilizar adequadamente as novas tecnologias da informação e comunicação na escola, principalmente na sala de aula, para a promoção da democracia, da autonomia, do acesso ao conhecimento e do fomento da aprendizagem colaborativa.

Público: Alunos do Curso de Pedagogia do Polo CEDERJ Cantagalo e Professores da Rede Pública.

Carga Horária: 1h

Desenvolvimento:

1. Apresentação / Dinâmica
1.1 O que é TI
1.2 O que são as TIC’s
1.3 O que são as NTIC’s
1.4 Contexto Histórico das TIC’s e NTIC’s
1.5 Sociedade da Informação x Sociedade do Conhecimento

2. Vídeo: Linguagem, Aprendizagem e Comunicação com as Novas Tecnologias na Educação – 3’56’’
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-Hc_Ff7hMgM&feature=PlayList&p=34EA3D82033B1437&playnext=1&playnext_from=PL&index=4

3. Debate: Tecnologia x Formação de Professor

4. Vídeo: Tecnologias de Informação e Comunicação – 2’40’’
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=D9Myx32pcQI

5. Debate: Novo Paradigma x Novos Ambientes de Aprendizagem x Novas Formas de Atuar

6. Vídeo: Conexão Professor
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Kd_Yr850ykk

7. Debate: Tecnologia x Poder

8. Vídeo: Aprendizagem Colaborativa – 2’18’’
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NjJGSMJQ91U

9. Debate: Tecnologia x Colaboração x Web 2.0

10. Encerramento



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Semana Pedagógica

Participem da Semana Pedagógica do Polo CEDERJ Cantagalo.
De 27 a 30 de outubro de 2009.
Inscrições antecipadas e no local.
Vagas limitadas por oficinas.

21/ 10– 4ª feira - Mostra Fotográfica – Lincoln

Oficinas:
27/10- 3ª feira
18:00 às 19:00- Mudanças Ortográficas – Tutor Anderson
19:00 às 20:00- Avaliando as NTIC’s – Tutor Maxison Ferreira
20:00 às 21:00- Gestão Escolar, Novos Conceitos – Tutora Rita Luziê
28/10 – 4ª feira
18:00 às 19:00- Mudanças de Paradigmas – Tutora Luíza Fontão
19:00 às 20:00- Imagem é Tudo – Tutora Thaís Stael
29/10 – 5ª feira
18:00 às 19:00- Metodologia Ativa- Tutor Carlos Frederico
19:00 às 20:00- A Alfabetização e sua Funcionalidade – Tutora Rosimeri Stael
20:00 às 21:00-Pedagogia dos Jesuítas no Brasil – Tutor Maurício Raposo
30/10 – 6ª feira
18:00 às 19:00-A Matemática e o Material Concreto – Tutora Rosimary Montechiare
19:00 às 21:00-Seminário Fílmico: “O Clube do Imperador”

Apoio: - Universidade Aberta do Brasil
- Fundação CECIERJ / Consórcio CEDERJ
- Prefeitura Municipal de Cantagalo
- Secretaria Municipal de Educação e Cultura

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Web 2.0

Introdução:
A internet é um recurso tecnológico que já está praticamente inserido em todos os âmbitos escolares. Senão, está em vias de implantação, devido à urgência que se faz de seu uso. Nas instituições que já contam com esta ferramenta, a atenção não está mais voltada para a sua horizontalidade ou hipertextualidade, ou seja, os alunos sabem como utilizá-la adequadamente na maioria das vezes. O que importa agora é a mediação proposta pelos novos recursos utilizados pelos usuários e como absorvê-los de forma significativa e eficiente na sala de aula e nos laboratórios de informática. A aprendizagem colaborativa, os novos espaços midiáticos e o atual modelo de sociedade do conhecimento são traduzidos pelos recursos da Web 2.0.

Desenvolvimento:
Os recursos da Web 2.0 têm promovido uma nova forma de transmitir conhecimento, que não são promovidas de forma linear, mas de todas as formas possíveis ao usuário, bastando apenas que este esteja conectado e participando de algumas das inúmeras redes de relacionamento existentes na web. Assim, espaços como Orkut, Facebook, Ning, Twitter e demais redes, proporcionam ao internauta estar frente às informações durante a navegação, sendo bombardeado com inúmeras delas a todo instante.

Antoun e Pecini (2007) destacam que o foco da temática em questão é “uma reflexão sobre o recorrente questionamento sobre as formas de mediação nas redes digitais de comunicação”. Dessa forma, os professores têm se preocupado em como conduzir práticas que efetivem o uso da Web 2.0 de forma crítica e reflexiva, mas principalmente, entendendo como se dá este acontecimento na nova geração. A escola, como lócus do saber e responsável por atender as exigências que a sociedade lhe impõe, não poderia deixar de responder a este questionamento, pois “a educação é parte de uma economia global do conhecimento e como tal, também emerge nas potencialidades das tecnologias de informação e comunicação” (BASSO, 2009, p. 12).

A Web 2.0 proporciona um novo pensar sobre a sociedade da qual fazemos parte. Se antes da sua chegada era inegável a constituição de um currículo que fomentasse novas conexões entre escola, sociedade e trabalho, agora seu uso faz-se mais dinâmico e abrangente, pois integra, coletiviza e oportuniza a todos o acesso ao conhecimento. Basso (ibidem, p. 3) nos leva a refletir sobre a relação entre o tempo e o espaço da sociedade e o tempo e o espaço da escola como sendo tempos diferentes, mas que precisam estar em sintonia, pois “o currículo da sociedade disciplinar ainda fundamenta práticas pedagógicas sob modos e tempos de espaços fixos e limitados”, orientando que não há mais espaços fixos, mas espaços desterritorializados.

O que é perceptível ainda é que vivenciamos um espaço onde o velho está sendo reinventado e reconstituído de novas roupagens, mas sem que se conceba exatamente o que se pretende as novas formas espaciais e temporais de aprender, ou seja, na maior parte das vezes, o professor tende a oferecer práticas antigas embaladas em novos aparatos tecnológicos, que mal sabe utilizá-lo frente ao seu aluno. Como Bazzo observa, “embora a escola e os processos educativos estejam inovando-se no uso das tecnologias, ainda as estratégias para o uso dos dispositivos são as velhas estratégias organizacionais e pedagógicas...” (Ibidem, p. 5)

A análise do currículo que se faz operante na escola é a principal saída para vislumbrar uma nova escola moderna, dinâmica e criativa, operando estratégias que sejam significativas para seus alunos e incentivando-os na construção da autonomia.

Uma ampla reestruturação do papel da escola, bem como do professor se fazem presentes neste momento. A escola passa a ser um lugar de análises críticas, onde o professor já não é mais o detentor e transmissor de toda a informação. As novas tecnologias de comunicação e informação assumem esse papel e o professor deve passar a ser o mediador do processo de (re)construção do conhecimento pelo aluno. (BELINI, Williian et al., 2005, p.3).

Vários são os benefícios que a Web 2.0 oferece aos alunos. É importante que a escola se disponha a compreendê-los e inseri-los adequadamente em seu projeto político-pedagógico, de forma a proporcionar atitudes e procedimentos nos seus alunos até então não conseguidos eficazmente pela forma tradicional, como o trabalho coletivo, a aprendizagem colaborativa, a construção do conhecimento de forma ativa, a interação em outros ambientes onde a educação se faz presente, a contextualização dos conteúdos, a internalização dos mesmos e a prática da solidariedade a partir do trabalho em equipe, sem falar do gerenciamento das próprias atividades e da criação dos próprios roteiros de aprendizagem.

Conclusão:
A construção de espaços de discussão sobre as vantagens possibilitadas pela Web 2.0 é fundamental para a escola que se pretende estar atenta as novas particularidades que envolvem a atual dinâmica mundial. É no seio da escola ainda que deve ser fomentado os grandes ideais de mudanças significativas para a sociedade. A internet é apenas uma ferramenta, o computador apenas uma máquina, mas o homem será sempre a matéria-prima na relação ensino-aprendizagem.

Referências bibliográficas:
ANTOUN, Henrique; PECINI, André C. A web e a parceria: projetos colaborativos e o problema da mediação na internet. In: Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 1, n. 16, p. 1-17, jan./jun. 2007.
BASSO, Maria Aprecida José. Currículoe web 2.0: Argumentos possíveis a ua diferenciação em educação digital. In: Revista e-Curriculum, PUCSP-SP, V. 4, n. 2, jun. 2009. Disponível em http://www.pucsp.com.br/ecurriculum. Acesso em 14/10/2009
BELINI, Willian, et al. Ferramentas de Comunicação e Software Livre: Inclusão Digital em Escolas Públicas do Paraná. In: Congresso Nacional de ambientes hipermídia para aprendizagem. UFSC/CTC, v. I, p. 1-10, 2006.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Transversalidade, uma proposta para o ano inteiro

Em minha opiniã, a transversalidade sempre aconteceu. O que vemos hoje é uma orientação de trabalho, ou seja, propostas de como integralizar certos conteúdos, como o meio ambiente, por exemplo, dentro dessa ou daquela disciplina.

Trabalhei e trabalho há muitos anos com as séries iniciais. Pelo menos, nesse segmento é impossível não se proporcionar a transversalidade, uma vez que o professor dessa área é extremamente responsável na formação de opinião, na transmissão de cuidados essenciais a saúde, na promoção do respeito, da solidariedade etc. Nos outros segmentos em que atuei também não foi diferente. É incontestável que, vez ou outra, nos percebamos comentando sobre os diferentes assuntos dentro da sala de aula. Porém, isto só acontece se há predisposição do professor em criar um espaço de socialização e diálogo na sua prática.

É importante que a escola não se prenda apenas a projetos, mas estimule o professor a criar o hábito de discutir os mais variados assuntos cotidianamente. O projeto que funciona bem, em minha percepção, é aquele que acontece o ano inteiro, e não apenas em determinado dia, o qual é devidamente programado, fotografado e revisto apenas no ano seguinte.

Professor x Computador

Sou Professor Orientador Tecnológico, atuando diretamente com outros professores, e também com alunos, na construção de estratégias pedagógicas utilizando-se do computador como ferramenta. Aprendi que o importante não é utilizar a maquina tão-somente, mas adequá-la ao que se objetiva por competências e habilidades, a fim de transformar o aluno, fomentando a autonomia e a busca de soluções e alternativas em espaços diversos.

O que percebo é que muitos professores desconhecem que há pressupostos teóricos que orientam o trabalho e, por não conhecerem, ou não se disporem a conhecer, oferecem apenas um espaço onde o aluno utiliza o computador, mas sem uma aprendizagem significativa, funcionando ora como uma máquina de escrever mais moderna ou uma biblioteca mais sofisticada e que permite o copiar e colar, que os alunos tanto gostam.

É preciso construir propostas em que alunos e professores se percebam como atores da aprendizagem, e não mero receptores de informações. É importante destacar que práticas que despertem o aluno para o diálogo, seja no fórum ou chat, por exemplo, são essenciais na promoção da cordialidade, do respeito e da ética, senão, aquele aluno, que comumente permanece isolado na sala, ainda assim continuará. A internet o levará para outra comunidades, mas não o trará para a interação na sua sala de aula, no seu espaço de convivência. O professor precisa facilitar essa relação.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Processo Ensino-Aprendizagem

O processo ensino-aprendizagem deve ser orientado por uma educação que, antes da transmissão do conhecimento, seja mediadora de ações que revelem, no pequeno ou no grande aprendiz, a importância do ato de estudar, a ética, o respeito à diversidade, a solidariedade, a democracia e a construção dos bons hábitos salutares a uma convivência harmoniosa e pacífica. Vejo a escola assim, como um lócus privilegiado do saber em toda a sua extensão – saber ser, em minha opinião, é o mais importante. Consciência de si e do eu no mundo.

O saber fazer vai depender de um professor que ofereça uma educação de conteúdos voltada para uma prática significativa e transformadora, que desperte o ser humano que há, não só para os conteúdos sistematizados, mas para a estética, para uma reflexão crítica do mundo, para a formação moral e para a cultura geral.

Ao saber sistêmico espera-se que o professor, antes de ensinar, perceba em qual realidade atua, a fim de que a sua voz se faça ser entendida por todos da melhor maneira possível; que antes de pensar em como ensinar, permita-se refletir sobre como o seu aluno aprende e por que não aprende; que ao avaliar as suas atividades, não se perca no quantitativo, mas resgate a qualidade do registro diário, quando for possível, daquilo que foi construído ao longo do ano letivo, e que antes de verificar apenas quanto o seu aluno acertou, ofereça a oportunidade de levá-lo a alcançar os objetivos que não foram superados, percebendo o erro do aluno como fonte inesgotável de aprendizagem.

A formação do professor deve ir além de transmitir conteúdos, principalmente aqueles pré-concebidos e emoldurados pelo tempo, mas construído coletivamente com a turma, dando especial atenção àqueles que ficaram exclusos do ato de conhecer. No atual cenário globalizado que vivemos torna-se muito importante que o professor tenha essa preocupação - a de não mais excluir o seu aluno. Perceber-se sujeito importante nessa tarefa é a atividade principal do professor. Sua atuação vai além dos extramuros da escola. A comunidade escolar é muito importante no processo da aprendizagem. É a força de todos que pode transformar, que serve de energia. O coletivo é, sem dúvida, a expressão de dias melhores na educação.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ecossistemas Comunicativos

Há vários espaços de comunicação na escola, porém, esses espaços podem ser potencializados se observada a sua importância e realizados por pessoas mais capacitadas ou interessadas em integralizar a comunidade escolar, desde alunos e professores, professores e diretores, escola e comunidade e extramuros.

Na escola temos como meios de comunicação os comunicados escritos na sala de professores, secretaria e armário de diários de classe para o professor; bilhetes para os alunos do ciclo básico; cronograma de eventos e compromissos entregue em folhas para cada professor nas reuniões pedagógicas e conselhos de classe, comunicados impressos pregados nos murais para os alunos do ensino médio etc.

Os espaços comunicativos se apresentam ineficientes quando se perdem em essência, por não serem compartilhados com todos os níveis, segmentos ou funções e comunidade, e, principalmente, por não serem dialogados e construídos conjuntamente, na maioria das vezes. O comum é que recebamos já escrito o que acontecerá, quando e que se não comparecermos deveremos entregar um atestado ou declaração.

Tudo ficou muito comum, muito de cima para baixo e muito autoritário. A construção das ideias, dos eventos, das festividades e outras ações da escola ficaram parecendo esquemas a serem seguidos anos após anos, sem que fosse mudada a rotina, o esquema e que fosse dado o poder de fala a comunidade escolar. A construção do diálogo ficou em segundo plano. Encontros que poderiam ser utilizados para promover maior capacitação dos profissionais, maior disseminação de ideias, maior elaboração de sugestões para resolver os conflitos internos da escola e os desafios para se acabar com a evasão escolar e os baixos índices de aprovação têm ficado para depois.

Aliás, este deveria ser o principal desafio da educação, promover o debate amigo, sem confusão, sem estresse, onde todos possam ser ouvidos e valorizados, ainda que não consigam se expressar bem ou comunicar com fluidez, mas que sejam respeitados, até porque a comunicação é uma arte, é só praticando que conseguimos aperfeiçoar nossas capacidades, seja oral, visual, auditiva etc.

A escola deve promover espaços de integração, ainda que de forma tênue, devagar, mas que se faça. Se não dá para realizar reuniões semanais, que sejam quinzenais; se não dá para agrupar o máximo de professores, que seja por área do conhecimento, ou por ciclo, ou por turno etc.; mas que sejam enfim realizadas – e bem realizadas, dinâmicas, criativas, comunicativas – um verdadeiro espaço de educomunicação, porque de dias chatos e estressantes todos já estamos cheios no nosso cotidiano. E ir para reuniões onde não se resolve nada, já estamos cansados, assim como aqueles textos que são lidos no início da reunião que nem são refletidos e apreciados como se deveria.

Ecossistema Comunicativo – Rádio na Escola

A construção de uma emissora de rádio tem por finalidade melhorar a comunicação na escola, desde que mantida e supervisionada adequadamente para responder aos objetivos de informar e comunicar, além, é claro, de uma boa música para tornar o ambiente escolar um espaço mais agradável de se estar.

Vários são os problemas que interferem na comunicação da escola e amplas são as possibilidades de se realizar um trabalho digno da educação emancipadora e voltada para a construção plural de ideias. Com a rádio é possível fomentar uma série de novos assuntos e debates. Tudo é uma questão de se ter um bom projeto, com pessoas bem intencionadas, muita calma para acreditar que é possível chegar lá e flexibilidade e coragem para se lidar com o novo, que sempre assusta.

A implantação de uma rádio escolar tende a mudar aspectos de convivência e de relacionamento entre a escola e a comunidade. As práticas de comunicação e de expressão podem ser melhores desenvolvidas e apreciadas por todos, podendo-se ampliar para uma webrádio no futuro e atingir um público bem maior.

O trabalho com o rádio não só fomenta práticas dinâmicas nas áreas de linguagens, mas em todos as disciplinas, desde que integradas a um sistema capaz de alcançar a maioria dos ouvintes e fazerem ser entendidas e assimiladas em sua metodologia..

O professor, um técnico?

"O ensino é uma profissão tão paradoxal que quem a exerce deveria possuir, ao mesmo tempo, as qualidades de estrategista e de tático de um general do exército; as qualidades de planejador e de líder de um dirigente de empresa; a habilidade e a delicadeza de um artesão; a destreza e a imaginação de um artista; a astúcia de um político; o profissionalismo de um clínico-geral; a imparcialidade de um juiz; a engenhosidade de um publicitário; os talentos, a ousadia e os artifícios de um ator; o senso de observação de um etnólogo; a erudição de um hermeneuta; o charme de um sedutor; a destreza de um mágico e muitas outras qualidades cuja lista seria praticamente ilimitada." (Barlow, 1999, p. 145-156 apud Mellouk e Gauthier 2004, p.543)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PROJETO DE PESQUISA: A Formação Profissional

PROJETO DE PESQUISA: A Formação Profissional
Curso: Pesquisa na Educação Básica com uso de tecnologia
Aluno: Maxison José Ferreira de Souza
Local: Polo Cantagalo

TÍTULO
Hoje, aluno. Amanhã, trabalhador

OBJETIVO
- Identificar as expectativas dos alunos com relação ao futuro profissional.
- Reconhecer o que motiva esta expectativa.

JUSTIFICATIVA
Ultimamente, há um grande número de alunos que optam por uma educação que seja voltada para a garantia de uma melhor qualidade de vida, de status social e de empregabilidade garantida. Diante deste quadro espera-se conhecer quais motivos realmente se destacam para que uma profissão seja escolhida mais do que a outra. Para isso, torna imperativo saber que opção de estudo é o melhor caminho para chegar ao objetivo desejado.

METODOLOGIA
Para dar conta desta pesquisa serão oferecidos formulários não-identificáveis para que o entrevistado para expressar sua opinião com relação às suas expectativas profissionais. As questões serão abertas, visando a construção de um gráfico que responda o mais objetivamente possível as interrogativas deste trabalho. A pesquisa será de cunho quantitativo e, posteriormente, será interpretada a luz da teoria de diferentes autores para que a mesma seja confrontada e tenha o seu resultado validado.

PRODUTO FINAL
- Síntese dos dados coletados.

FONTES DE CONSULTA
BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola. 2. ed. - São Paulo: Loyola, 1998.
MONTENEGRO, Fábio; RIBEIRO, Vera M. Nossa escola pesquisa sua opinão: manual do professor. 2. ed. - São Paulo: Global, 2002.
TOGNETTI, Marilza A. R. Metodologia da Pesquisa Científica. Disponível em http://www.materiaprima.pro.br. Acesso em 09 de abril de 2009.

CRONOGRAMA
- Leitura das fontes de consulta – 10 a 14/04/2009
- Preparação da documentação – 15 a 19/04/2009


QUESTIONÁRIO
1. Qual profissão você deseja ter quando você crescer?
2. Por que você escolheu esta profissão?
3. O que você considera ser mais importante para ter escolhido esta profissão?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sobre Projetos Interdisciplinares

Há quase 16 anos participo dos projetos das escolas onde trabalhei. De alguns com mais interesse, de outros nem tanto, apesar de saber da importância de cada um deles. Daqueles que não me interessei tanto, acredito que seja pelo teor de suas tarefas, que não iam ao encontro de meus interesses; outros, por não acreditar naquilo que era exposto ou não sentir segurança em quem coordenava.

Com relação aos projetos em que atuei com maior entusiasmo, acredito que foi pela relevância do tema; pela disponibilidade de tempo e de recursos materiais que teríamos; pelo impacto positivo que poderia causar na clientela, bem como se teríamos uma resposta a altura de nossos objetivos.

Sob o ponto de vista da interdisciplinaridade, o maior fator que se sobressai para que um projeto dessa especificidade seja bem empreendido é a disponibilidade para se trabalhar em equipe, um ato que não é tão aceito pela maioria; a disponibilidade de tempo, principalmente para aqueles que atuam em níveis, séries e escolas diferentes; e uma coordenação pedagógica que seja ativa, dinâmica e criativa, que acredite na interdisciplinaridade e, mais do que isso, que saiba trabalhar dessa forma.

Sobre o trabalho com o vídeo na sala de aula

As etapas de operacionalização do vídeo são bem interessantes. Acredito no potencial da criação de vídeo como estímulo para o desenvolvimento de habilidades e competências, para desenvolver melhor um tema, para aprofundar questões diversas e trazer a realidade do educando para ser discutida e refletida na sala de aula.

Sobre as fases de realização, penso que, se bem estruturadas e desenvolvidas, o trabalho fluirá com mais adequação e objetividade, e o restante é técnica e criatividade. Dá trabalho apenas para o professor que não sabe onde quer chegar. Se tiver um roteiro interessante e significativo os próprios alunos tomarão as rédeas do processo e caminharão sozinhos, expandindo, na maioria das vezes, para além da meta proposta pelo professor.

Interdisciplinaridade

Interdisciplinaridade é uma proposta de trabalho na qual uma disciplina se une a disciplinas diferentes para dar conta de um mesmo tema ou conteúdo a ser trabalhado. Isto já acontece naturalmente em muitas disciplinas afins como Geografia/História, Matemática/Física, Biologia/Química etc.

Algumas disciplinas já trazem em si a interdisciplinaridade para compreender certos fenômenos, nos quais uma depende da outra intrinsecamente, como a Biofísica, a Biomecânica, a Bioestatística etc.

Nas séries iniciais é muito comum que um professor se utilize dessa estratégia a todo instante para ampliar e aprofundar certos temas.

Assim, a interdisciplinaridade é uma dinâmica na qual o professor atua intencionalmente com o objetivo de enriquecer as suas aulas, de forma a aprofundar conteúdos que necessitam do auxílio de outras ciências para explicar certos determinados acontecimentos.

Dessa forma, impossível falar de meio de transporte, por exemplo, sem envolver História, Geografia e Estatística. Este conteúdo será muito melhor desenvolvido pelo professor por agregar diferentes saberes, além de tornar as aulas mais dinâmicas e significativas.